Sejam bem Vindos ao meu Cantinho!

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"... E o enchi com o meu Espírito. Eu lhe dei inteligência, competência e habilidade para fazer todo tipo de trabalho artístico; para fazer desenhos e trabalhar em ouro, prata e bronze; lapidar e montar pedras preciosas; para entalhar madeira; e para fazer todo tipo de artesanato." Ex 31.3-5

domingo, 12 de maio de 2013

Piaget


Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência-Piaget

• Conceitos fundamentais no desenvolvimento da inteligência
o a hereditariedade: herdamos um organismo que amadurece em contato com o meio ambiente, uma série de estruturas biológicas que favorecem o aparecimento das estruturas mentais. Como conseqüência inferimos que a qualidade da estimulação interferirá no processo de desenvolvimento da inteligência.
o a adaptação: possibilita ao indivíduo responder aos desafios do ambiente físico e social. Dois processos compõem a adaptação, ou seja, a assimilação (uso de uma estrutura mental já formada) e a acomodação (processo que implica a modificação de estruturas já desenvolvidas para resolver uma nova situação).
o os esquemas: constituem a nossa estrutura básica. Podem ser simples, como por exemplo, uma resposta específica a um estímulo-sugar o dedo quando ele encosta nos lábios, ou, complexos, como o modo de solucionarmos problemas matemáticos. Os esquemas estão em constante desenvolvimento e permitem que o indivíduo se adapte aos desafios ambientais.
o a equilibração das estruturas cognitivas: o desenvolvimento consiste em uma passagem constante de um estado de equilíbrio para um estado de desequilíbrio. É um processo de auto regulação interna.
A assimilação e a acomodação são mecanismos do equilíbrio.

De acordo com as possibilidades de entendimento construídas pelo sujeito, ele tende a assimilar idéias, mas, caso estas estruturas não estejam ainda construídas, acontece um esforço contrário ao da assimilação. Há uma modificação de hipóteses e concepções anteriores que vão ajustando-se àquilo que não foi possível assimilar. É o que ele chama de acomodação, onde o sujeito age no sentido de transformar-se em função das resistências colocadas pelo objeto do conhecimento.
O desequilíbrio é portanto fundamental, pois, o sujeito buscará novamente o reequilíbrio, com a satisfação da necessidade, daquilo que ocasionou o desequilíbrio.
Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, que decorre da construção de estruturas de conhecimento que, enquanto vão sendo construídas, vão se instalando no cérebro. A inteligência portanto, não aumenta por acréscimo e sim por reorganização.
Para ele o desenvolvimento da inteligência é explicada pela relação recíproca existente com a gênese da inteligência e do conhecimento. Piaget criou um modelo epistemológico com base na interação sujeito - objeto.
Pelo modelo epistemológico o conhecimento não está nem no sujeito, nem no objeto mas na interação entre ambos.

Para Piaget existem duas formas de conhecimento:
1- conhecimento físico- consiste no sujeito explorando os objetos;
Para construir conhecimento físico é necessário a existência de uma estrutura lógico-matemática, de modo a colocar novas observações em relação com o conhecimento que já existe.
2- conhecimento lógico- matemático- consiste no sujeito estabelecendo novas relações com os objetos. Relações estas que não têm existência na realidade externa, está na mente do SUJEITO.
Em síntese, inteligência é um processo ativo de interação entre sujeito e objeto, a partir de ações que iniciam no organismo biológico e chegam à operações reversíveis entre o sujeito e sua relação com os objetos, por tanto é algo construído e em permanente processo de transformação.

A forma que Piaget concebeu a ação do meio social sobre as possibilidades de cada indivíduo

A forma que Piaget concebeu a ação do meio social sobre as possibilidades de cada indivíduo
Para Piaget: "O ser humano, desde o seu nascimento, se encontra submerso em um meio social que atua sobre ele do mesmo modo que o meio físico. Mais ainda, que o meio físico, em certo sentido, a sociedade transforma o indivíduo em sua própria estrutura, porque não somente o obriga a conhecer fatos, mas lhe fornece um sistema de signos completamente construídos que modificam seu pensamento, propõe-lhe valores novos e impõe-lhe uma cadeia definida de obrigações. É, portanto, evidente, que a vida social transforma a inteligência pelo conteúdo das permutas (valores intelectuais), pelas regras impostas ao pensamento - normas coletivas, lógicas ou pré-lógicas".
Na perspectiva construtivista de Piaget, estas pressões sociais e lingüísticas vão sendo exercidas sempre em interação com as possibilidades de cada indivíduo ao longo do processo de desenvolvimento.
Neste sentido, este autor afirma que a linguagem transmite ao indivíduo um sistema que contém noções, classificações, relações e conceitos produzidos pelas gerações anteriores. Mas a criança utiliza este sistema, seguindo sua própria estrutura intelectual. Se não tiver ainda construída a operação de classificação, uma palavra relativa a um conceito geral, será apropriada na forma de um preconceito, semi-individual e semi-socializado. Piaget exemplifica: a palavra "pássaro" evocará, então, o canário familiar.
Uma vez construída a operação de classificação e seu sistema de inclusão, novas possibilidades se abrem para o sujeito que é capaz de fazer deduções e inferências, de forma cada vez mais autônoma, ou seja, sem que precise ser "ensinado" a cada nova etapa do processo ensino-aprendizagem.
Esta é uma das contribuições mais promissoras do construtivismo para a Educação. Partir do ponto em que o aluno se encontra significa, do ponto de vista cognitivo, levar em consideração sua forma de pensar, perceber contradições, inconsistências, enfim, procurar identificar o que ele sabe e o que ainda precisa saber.

Fases de desenvolvimento da criança




Fases de desenvolvimento da criança


Quadro das fases de desenvolvimento da criança.
Esse quadro é excelente para montar ficha de avaliação do aluno, pois traz as fases bem detalhadas.

Sinopse sobre o desenvolvimento da criança de 0 a 10 anos - Baseada nas escalas de de desenvolvimento Brunet e de Arnold Gesell
Idade
Desenvolvimento
motor e de postura
Desenvolvimento
intelectual
Desenvolvimento
social
1o mês
Deitado de bruços ajeita a cabeça para poder respirar. Aperta firmemente um dedo que lhe é oferecido Postura característica: membros flexionados, cabeça oscilante, mãos fechadas Atividade reflexa dominante (por ex. :sucção) Percepção visual boa só de perto, falta acomodação visual Fixa o olhar num rosto que se aproxima Pára de chorar quando a mãe se aproxima ou ao ouvir sua voz Pequenos sons guturais Sorri ao ouvir voz humana, reconhece a mãe pelo seu aroma
2o mês
Suga o polegar ou um dos dedos, brinca com a língua Reproduz sons (tosse, risos) Olha as próprias mãozinhas Segue com os olhos uma pessoa ou objeto que se desloca Pára de chorar e se anima ao ver a mamadeira Faz gestos fisionômicos ao se aproximar um rosto humano Sorri ao ver um rosto humano Fica imóvel ao ouvir voz conhecida Emite gorjeios
3o mês
Firma a cabeça Muda de posição quando deitado de lado, ficando sobre as costas Agarra o lençol e puxa-o para si Balbucia, faz vocalizações prolongadas Sorri a todos que se aproximam sorrindo para ele Troca olhares com a mãe, reconhece-a visualmente
4o mês
Aparecem as gargalhadas Reage à chamada de seu nome girando a cabeça Grande riqueza de emissões vocais, arrulhos
5o mês
Começa a sentar com apoio e mantém as costas retas Segura um objeto, agarra-o quando está ao seu alcance Age sobre os objetos: bate os brinquedos contra a beira da cama e começa a se interessar realmente por eles Encontra um objeto escondido, se tem uma parte visível Começa a imitar gestos Manifesta-se no momento certo para chamar a atenção (por exemplo, já desperto só chora ou ri quando percebe que a mãe já se levanta) Sorri diante de um espelho Ri e emite sons ao brincar Solta gritos de alegria Começa a utilizar contatos físicos para se comunicar com outras pessoas (agarra com as mãos, apalpa.)
6o mês
Fica sentado por longo tempo com apoio Pega os pes com as maos Distingue perfeitamente rostos familiares e estranhos Modula suas emissões vocais tendendo a limitá-las aos sons ouvidos da mãe
7o mês
Fica sentado alguns momentos sem apoio. Arrastando-se desloca-se do lugar Segura pequenos objetos na palma da mão após havê-los puxado para si, os dedos ?em forquilha? Consegue segurar um objeto em cada mão
8o mês
Participa ativamente de brincadeiras como ?achei...? e troca sinais com os adultos Adora morder Tem reações de inquietação ou indecisão face a pessoas estranhas
9o mês
Fica parado em pé sozinho e se segura Engatinha ou anda com os quatro membros Segura pequenos objetos entre o polegar e o indicador Articular a 1a palavra (de duas sílabas) Reage corretamente a certas palavras familiares (me dá, pega...) Reconhece seu nome e os dos familiares
10o mês
Age intencionalmente: levanta a coberta para pegar o brinquedo que ficou por baixo dela Reproduz movimentos que não pode ver pessoalmente (mexe os olhos, a boca...) Começam os brinquedos de encaixar Procu:a imitar os sons que ouve Compreende certas proibições
11o mês

12o mês
Bom equílibrío sentado, consegue se voltar para um lado, inclinar-se Início do caminhar, seguro por uma mão, por exemplo Solta os objetos, quando solicitado Repete gestos ou atitudes que provocaram risadas Emite, pelo menos, três palavras diferentes
15o mês
Anda sozinho Ajoelha-se só Sobe escadas com os quatro membros Brinca com as mãos diante do espelho (bate palmas, estuda os movimentos) Início da autonomia, anda, bebe líquidos sem ajuda... Procura insistentemente a participação da mãe em suas atividades e experiências Usa qualificativos ligados a sua experiência (bom, ruim...) Emite uma dezena de palavras, entende uma vintena delas ao menos
18o mês
Fica sentado sozinho numa cadeira Sobe e desce escadas segurando-se no corrimão Começa a saltar sobre os dois pés Atos coordenados mais complexos: pode, por exemplo, à distância, puxar um objeto pelo cabo ou puxar a coberta que cobre um brinquedo Estuda os efeitos produzidos por suas atividades: deixa um objeto cair de várias formas ?para ver? (faz o mesmo com a água) Transporta blocos de construção pela casa, bate-os uns contra os oufros, constrói uma torre com 3 ou 4 cubos Faz rabiscos espontâneos Reage como se se evitasse diante do espelho: volta-se de costas, foge...
2 anos
Corre e bate numa bola sem perder o equilíbrio Empilha objetos em equilíbrio Começa a refletir para resolver pequenos problemas Sabe que os objetos estão ali, mesmo se não os vê, através da representação mental Imita algum gesto mesmo que não haja modelo reconhece-se no espelho Alinha os blocos de construção e enche carrinhos com blocos Chama-se pelo próprio nome Participa da arrumação de suas coisas Começa a utilização sistemática do ?não?, forma de se afirmar opondo-se ao que o cerca Constrói frases de 2 palavras, consegue construir frases negativas e interrogativas Entende cerca de 300 palavras Comunica-se com gestos, atitudes, mímica, sobretudo com outras crianças
2,5 anos
Tenta se equilibrar num só pé Consegue carregar um copo cheio de água sem derrubá-lo Faz construções verticaís e horizontais com blocos de construção Emprega o ?eu? e o ?meu? Participa ativamente do ato de se vestir Começa a dispensar as fraldas noturnas Comunica-se com seus semelhantes através de atitudes e gestos
3 anos
Sobe escadas colocando um pé de cada vez no degrau (só ao subir) Consegue se manter em pé sobre uma única perna Anda de triciclo Sabe dizer qual é seu sexo Desenha círculos, começa a desenhar um bonequinho Enumera os elementos que compõem uma ilustração Interessa-se pelo nome dos objetos Constrói edifícios com blocos de construção de formas e tamanhos variados, combina-os com trenzinhos, diverte-se mais ao construir do que com a obra acabada Em geral já não precisa de fraldas, tanto de dia como à noite Início do uso de ?meu cãozinho? e do advérbio de lugar (dentro, sobre...) Entende mais de 1000 palavras, pergunta o nome dos objetos Integra progressivamente artigos, pronomes, advérbios à sua fala Crise de personalidade: opõe-se vigorosamente aos outros, para se afirmar
4 anos
É capaz de copiar um quadrado, conhece 4 cores Sabe dizer sua idade Faz construções complicadas com blocos, combina-os com os móveis para representações teatrais, faz construções em comum com outras crianças Aparecem os medos infantis que se diversificam e vão se tornando, progressívamente, medos abstratos(medo da morte, de falhar..) Estuda o efeito de sua mímica sobre os outros Conhece ao menos uma quinzena de verbos de ação Diverte-se com palavras que lembram sujeira (cocô)
6 anos
Sabe fazer duas colunas iguais com fichas Reconhece sua mão direita ou esquerda Conta até 10 Distingue manhã e noite Faz cópias de modelos com blocos de construção, usa os blocos para construir e imaginar situações Manifesta interesse pelas atividades escolares Começa o aprendizado da leitura Domina completamente o sistema fonético Define o objeto pela utilização
7 anos
Gosta de fazer pequenas coleções Aumenta seu interesse por dinheiro: conhece o nome das diferentes moedas Tem noções simples e generalizadas sobre a bondade e a maldade. Tem mais facilidade em decidir, acolher e adotar resoluções simples Põe em dúvida solicitações dos adultos: ?Por que devo fazer isso?" Responde ?já vou...." e adia solicitações. Chora quando criticado ou quando se sente ofendido. Abandona o jogo atirando as peças, quando percebe que perdeu.
8 anos
Aumenta seu interesse por pessoas e lugares distantes no tempo e no espaço Gosta de obter, possuir e trocar objetos. Quer ter um lugar para guardar suas coisas Sabe quanto dinheiro tem, planeja o que vai comprar Tem mais consciência de si mesmo como pessoa Dramatiza Parece considerar-se o centro da cena. Quer que o adulto faça parte de seu mundo. É mais responsável por suas atitudes
9 anos
Atarefado com suas preocupações, converte-se em ?trabalhador? Faz listas de interesses Pensa no futuro, na história. Interessa-se por aparelhos mecânicos, elétricos, animais Adora fazer coisas. Faz coleções complicadas, classifica-as cuidadosamente. Quer saber quanto custam os objetos Gosta de música, cinema, TV; livros e estórias em quadrinhos e videogames dominam seus interesses. Mais responsável, pode ter a chave da casa, entrar e sair, fazer compras simples, avisar pelo telefone. Começa estabelecer diferenças. Individuais de criança a criança, evidenciam-se sua individualidade e personalidade.
10 anos
Gosta de patinar, pintar, jogar Tem desejos materiais Programa o que quer fazer nas férias Começa a pensar no futuro profissional:?vou ser médico?, ?jogador de futebol?, ?ator...? Quer ter uma bicicleta, um caozinho, bonecas As meninas pensam em ser professoras, escritoras, atrizes As meninas parecem um pouco mais maduras A justiça é sumamente importante Quando tem culpa trata de transferi-la aos irmãos ou outro companheiro de travessuras Discute para impor seu ponto de vista. Forma e participa de "turmas"
Fonte: Abrinq

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