Sejam bem Vindos ao meu Cantinho!

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"... E o enchi com o meu Espírito. Eu lhe dei inteligência, competência e habilidade para fazer todo tipo de trabalho artístico; para fazer desenhos e trabalhar em ouro, prata e bronze; lapidar e montar pedras preciosas; para entalhar madeira; e para fazer todo tipo de artesanato." Ex 31.3-5

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Lixiviação



Processo físico de lavagem das rochas e solos pelas águas das fortes chuvas (enxurradas) decompondo as rochas e carregando os sedimentos para outras áreas, extraindo, dessa forma, nutrientes e tornando o solo mais pobre. 

Processo que sofrem as rochas e solos, ao serem lavados pelas águas das chuvas. Nas abundantes regiões equatoriais, e nas áreas de clima úmido, com abundantes precipitações sazonais, verificam-se, com maior facilidade, os efeitos da lixiviação. 

Lavagem do solo pela chuva, que provoca carreamento de minerais solúveis, como fósforo, cálcio, nitrogênio, etc. 

Remoção pela água percolante de materiais presentes no solo. Nem sempre se verifica penetração dos micronutrientes nas camadas imediatas do solo, porquanto a lixiviação é processo superficial. A lixiviação ocorre particularmente em solos despidos de cobertura vegetal, por ação das águas pluviais e fluviais. É considerada como fator empobrecedor do solo.

 Lixiviação é o processo de extração de uma substância presente em componentes sólidos através da sua dissolução num líquido. É um termo utilizado em vários campos da ciência, tal como a geologia,ciências do solometalurgia e química.
O termo original refere-se a ação solubilizadora de água misturada com cinzas dissolvidas (lixívia) constituindo uma solução alcalinaeficaz na limpeza de objetos, mas, em geoquímica ou geologia de modo geral, usa-se para indicar qualquer processo de extração ousolubilização seletiva de constituintes químicos de uma rocha,mineral, depósito sedimentar, solo, etc.. pela ação de um fluidopercolante[1].
Nas regiões equatoriais, e nas áreas de clima úmido, com abundantes precipitações sazonais, verifica-se, com maior facilidade, os efeitos da lixiviação do solo. Dentre os componentes que são extraídos constam minerais solúveis, como fósforo, cálcio, nitrogênio, etc.
Em metalurgia e, a lixiviação é utilizada na separação de metais com valor comercial de um outro minério associado, por meio de solução aquosa de maneira barata por dispensar o beneficiamento do minério e, em outros casos, é usada a chamada "lixiviação inversa" para se fazer a remoção de impurezas.


domingo, 29 de janeiro de 2012

Aristóteles e o papel da razão



Nada está no intelecto antes de ter passado pelos sentidos
Josué Cândido da Silva*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Apesar de ter sido discípulo de Platão durante vinte anos, Aristóteles (384-322 a.C.) diverge profundamente de seu mestre em sua teoria do conhecimento. Isso pode ser atribuído, em parte, ao profundo interesse de Aristóteles pela natureza (ele realizou grandes progressos em biologia e física), sem descuidar dos assuntos humanos, como a ética e a política.


Para Aristóteles, o dualismo platônico entre mundo sensível e mundo das ideias era um artifício dispensável para responder à pergunta sobre o conhecimento verdadeiro. Nossos pensamentos não surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. "Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos", dizia o filósofo.


Isso significa que não posso ter ideia de um teiú sem ter observado um diretamente ou por meio de uma pesquisa científica. Sem isso, "teiú" é apenas uma palavra vazia de significado. Igualmente vazio ficaria nosso intelecto se não fosse preenchido pelas informações que os sentidos nos trazem.


Mas nossa razão não é apenas receptora de informações. Aliás, o que nos distingue como seres racionais é a capacidade de conhecer. E conhecer está ligado à capacidade de entender o que a coisa é no que ela tem de essencial. Por exemplo, se digo que "todos os cavalos são brancos", vou deixar de fora um grande número de animais que poderiam ser considerados cavalos, mas que não são brancos. Por isso, ser branco não é algo essencial em um cavalo, mas você nunca encontrará um cavalo que não seja mamífero, quadrúpede e herbívoro.


O papel da razão

Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Aristóteles chama essas características de acidentes.


O erro dos sofistas (e de muita gente ainda hoje) é o de tomar algo acidental como sendo a essência. Através desse artifício, diziam que não se pode determinar quem é Sócrates, porque se Sócrates é músico, então não é filósofo, se é filósofo, então não é músico. Ora, Sócrates pode ser várias coisas sem que isso mude sua essência, ou seja, o fato de ser um animal racional como todos nós.


Mas como nós fazemos para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí está o papel da razão.


A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo critérios. Observando os insetos, percebo que eles são muito diferentes uns dos outros, mas será que existe algo que todos tenham em comum que me permita classificar uma barata, um besouro ou um gafanhoto como insetos? Sim, há: todos têm seis pernas. Se abstrairmos mais um pouco, perceberemos que os insetos são animais, como os peixes, as aves...


Ato ou potência

E poderíamos ir mais longe, separando o que é ser, do que não é. E aqui chegamos à outra grande contribuição de Aristóteles: se o ser é e o não-ser não é, como dizia Parmênides, então como é possível o movimento?


Segundo Aristóteles, as coisas podem estar em ato ou em potência. Por exemplo, uma semente é uma árvore em potência, mas não em ato. Quando germina, a semente torna-se árvore em ato. O movimento é a passagem do ato à potência e da potência ao ato.


Qual a causa?

Por outro lado, se as coisas mudassem completamente ao acaso, não poderíamos conhecê-las. Conhecer é saber qual a causa de algo. Se tenho uma dor de estômago, mas não sei a causa, também não posso tratar-me. Conhecendo a causa é possível saber não só o que a coisa é, mas o que se tornará no futuro. Pois, se determinado efeito se segue sempre de uma determinada causa, então podemos estabelecer leis e regras, tal como se opera nos vários ramos da ciência.


Existem quatro tipos de causas: a causa final, a causa eficiente, a causa formal e a causa material. Por exemplo, se examinarmos uma estátua, o mármore é a causa material, a causa eficiente é o escultor, a causa formal é o modelo que serviu de base para escultura e a causa final é o propósito, que pode ser vender a obra ou enfeitar a praça.


Há uma hierarquia entre as causas, sendo a causa final a mais importante. A ciência que estuda as causas últimas de tudo é chamada de filosofia. Por isso, a tradição costuma situar a filosofia como a ciência mais elevada ou mãe de todas as ciências, por ser o ramo do conhecimento que estuda as questões mais gerais e abstratas.

 *Josué Cândido da Silva é professor de filosofia da Universidade Estadual de Santa Cruz em Ilhéus (BA).

Pedogênese

Pedogênese( solo)


 Pedogênese ou formação de solos é o processo no qual determinado solo é formado, assim como suas características e sua evolução na paisagem.

 Fatores da pedogênese

O modelo de 5 fatores  é o mais conhecido e difundido, podendo ser visto como um paradigma nas ciências da Terra após os estudos de Jenny.

Neste modelo, baseado nos estudos pioneiros de Dokuchaev, é afirmado que e o solo e suas propriedades são ocasionado pelo clima, organismos, material de origem e tempo. Posteriormente, foi adicionado o relevo como um novo fator.
  • Clima - O fator mais importante. O clima engloba a noção de mudanças de temperaturas (que atuam no intemperismo físico sobre a rocha sã), precipitação, umidade e até mesmo na morfogênese local. Associa-se com a biomassa (determinando tipos de organismos que vivem sobre o solo) ou com o relevo, implicando os veios de água superficiais ou freáticos. O clima também varia conforme a escala, chegando até mesmo a modificar o solo por pequenas diferenças do relevo (por exemplo, se o solo está em uma vertente sob mais horas de Sol ou de precipitação) e vegetação (protegido da chuva e do Sol, sob uma copa de árvore, por exemplo).
  • Organismos - Organismos podem destruir o solo mecanicamente, abrindo poros, e quimicamente, criando ácidos. Pode, ainda mais, proteger o solo da atuação direta de chuvas e erosões.
  • Relevo - O relevo influencia nos caminhos de drenagem da água e no clima. Pode deixar o solo protegido de processos erosivos, como águas e ventos, assim como pode determinar microclimas. Geralmente, numa mesma vertente, há diversos tipos de solos associados entre si por transportes internos de matéria.
  • Material de origem - É a rocha matriz ou material sedimentar que origina o material do solo. Quanto mais jovem o solo, mais características manterá do material de origem. Posteriormente, com a constante atuação de efeitos externos, o solo transforma os minerais primários em secundários, geralmente argilas ou óxidos. A rocha matriz também é importante pois dependendo de sua resistência, influência no relevo da paisagem, assim como também no tempo da pedogênese (rochas mais duras demoram mais tempo para formar solos profundos).
  • Tempo - O mais abstrato dos fatores, porém não menos importante. Diz-se que um solo, conforme se passa o tempo, busca a "maturidade", ganhando profundidade e tendo alto teores de argila. Contudo, tal é dinâmica da pedogênese e da litosfera, implicando reciclagem de materiais e paisagens, solos dificilmente serão vistos como maduros, sendo esta noção critícada por alguns pesquisadores.

Processos da pedogênese

Os progressos que atuam sobre o solo foram estudados inicialmente por Simonson em 1959 e 1978. Diferente do modelo de Jenny (e não contraditório a ele), o modelo de Simonson foca-se muito mais nos processos do que nos fatores. É também visto como um paradigma dentro da Pedologia.

Neste modelo, o solo é pensado como um sistema e como efeito de dois passos: Acumulação de material de origem e diferenciação do material em horizontes (algo já observado desde os primódios da Pedologia).
Dessa forma, para explicar o motivo da diferenciação horizontal em um perfil de solo, acredita-se que nele há os processos [5] de
  • Adição - Geralmente entrada de nova matéria mineral, matéria orgânica e água.
  • Remoção - Perda de material para fora do solo, geralmente por causa do escoamento da água.
  • Transporte/Translocação - É o transporte interno de elementos abióticos ou de origem biótica. O horizonte onde prevalece a perda, será chamado de horizonte eluvial. Naquele que prelavece a entrada, seria um horizonte iluvial
  • Transformação - Transoformação dos elementos, como minerais primários em secundários ou a solidificação de matéria orgânica.

 

Intemperismo

Intemperismo

 

Intemperismo, também conhecido como meteorização, é o conjunto de fenômenos físicos e químicos que levam à degradação e enfraquecimento das rochas.
O termo intemperismo é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão sujeitas as rochas na superfície da Terra, porém esta alteração ocorre in situ, ou seja, sem deslocamento do material. Este fenômeno é de grande importância para a formação e constante mudança no relevo terrestre, junto com a erosão. O intemperismo é de grande importância também na formação dos solos, pois em algumas regiões onde há grandes formações rochosas a fixação de plantas é mais difícil em relação a regiões de solo estruturalmente menos rochosos.

Tipos de intemperismo

  

Intemperismo Físico

Corresponde à alteração da estrutura física das rochas feita a partir de uma desagregação mecânica, o intemperismo físico é observado em qualquer ambiente. Ele pode ser dividido em termal e mecânico.
Termal: ocorre devido à variação de temperatura nas rochas, sendo mais típico em climas secos, sejam eles quentes ou frios. Tende-se a expandir quando aquecidos e se contraem quando resfriados. Desta forma as rochas tendem a se fragmentar pelo enfraquecimento de suas estruturas. Além de tudo os minerais que compõe as rochas, têm diferentes coeficientes de dilatação, ampliando assim a fragmentação das rochas. A cor e a granulometria da rocha, influênciam na sua fragmentação, assim rochas mais escuras tendem a aquecer com mais facilidade, e as rochas mais grosseiras tendem a se desintegrar mais facilmente do que as de grãos pequenos.
Mecânico: ocorre devido a vários fatores como a dissolução de água em geleiras e sua cristalização em fraturas que provoca o esfacelamento em blocos de rocha pelo aumento de volume da água ao formar o gelo, de forma semelhante ao que pode ocorrer com a cristalização de sais devido a evaporação da água, fazendo com que os sais se precipitem aumentando de volume em fissuras de rochas e de minerais.

Intemperismo químico

Destaca-se ação da água da chuva carregada de elementos atmosféricos, como o CO2: que ataca os minerais da rocha em sua superfície exposta e em suas fraturas e os decompõem dando origem a novos minerais, estáveis às condições da superfície terrestre, e a solutos que migram pelas fraturas da rocha ou nas águas superficiais em direção ao mar. O intemperismo químico compreende a decomposição dos minerais primários das rochas que resulta da ação separada ou simultânea de várias reações químicas: oxidação, hidratação, dissolução, hidrólise e acidólise.
Oxidação: consiste na mudança do estado de oxidação de um elemento, através de reação com o oxigênio. Essa reação destrói a estrutura cristalina do mineral.
Hidratação: consiste na incorporação de água à estrutura mineral, formando um novo mineral.
Dissolução: consiste da sulubilização completa de alguns minerais por ácidos.
Hidrólise: Sendo as rochas constituídas basicamente por silicatos, quando elas entram em contato com a água, os silicatos sofrem hidrólise e dessa reação resulta uma solução alcalina.
Acidólise: é a reação de decomposição de minerais que ocorre em ambientes de clima frio, onde a decomposição da matéria orgânica é incompleta, formando ácidos orgânicos que diminuem muito o pH das águas, complexando e sulubilizando o Fe e o Al.

 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Gibis

Gente estou precisando da ajuda de vocês! Meu projeto desse ano de 2012  na escola é de HQ e preciso muito da doação dessas histórias em quadrinhos!( 5º ano)

Por favor me ajudem nessa campanha enviando para o endereço abaixo.

Escolinha Branca de Neve
Rua Régis Pacheco - 345 centro

Pindobaçu-ba
cep: 44770-000
Para ser entregue à Luciana Reis- Tia Lú
Desde Já agradeço o apoio,nossas crianças precisam criar gosto pela leitura!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Nascimento da tragèdia

O Nascimento da Tragédia
  Helenismo  ou  Pessimismo





Esta é a primeira obra do fiilósofo mais polêmico da Pós-Modernidade, e talvez até, por que não, o mais polêmico da história. Filósofo que se autodenominou "o homem que nasceu póstumo", por ter sido incompreendido pelos seus contemporâneos. Obra de um então jovem professor de letras clássicas despertou polêmica pelo seu caráter pessoal e pela ousadia de sua abordagem: desafiava a concepção tradicional dos gregos como povo sereno e simples, e exaltava a ópera de Wagner como renovadora do espírito alemão, numa singular mistura de reconstrução histórica, intuição psicológica e militância estético-cultural. Nesta obra o filósofo oferece não só uma interpretação das tragédias gregas, mas da própria cultura grega e moderna, do nexo entre arte e conhecimento e da época moderna.
O autor começa por afirmar que o contínuo desenvolvimento da arte está diretamente ligado à duplicidade do apolíneo e dionisíaco. O apolíneo é relativo ao deus Apolo, apresentado como o deus do sonho, das formas, das regras, das medidas, dos limites individuais. O apolíneo é a aparência, a individualidade, o jogo das figuras bem delineadas; e o dionisíaco é apresentado como o gênio ou impulso do exagero, da fruição, da embriaguez extática, da libertação dos instintos. É o deus do vinho, da dança, da música e ao qual as representações de tragédias eram dedicadas.
O Mito trágico é uma representação simbólica ou imagética da sabedoria dionisíaca. O dionisíaco manifesta-se a si próprio por intermédio de processos apolíneos – estéticos, representação. Essas representações levavam o publico a uma espécie de horror e posteriormente os arrebatavam através do prazer que sentiam por meio dos fenômenos inconscientes de si mesmos representados nas peças.
A duplicidade destes impulsos resulta numa luta incessante e se intervem periódicas reconciliações. A arte apolínea é a arte do figurador plástico, da estética; e a não figurada da música é a dionisíaca. Segundo Nietzsche ambos os impulsos caminham juntos, na maioria das vezes em discórdia aberta e incitando-se mutuamente a produções sempre novas. Contraposição que deu origem através do ato metafísico da vontade, gerando a tragédia ática. Segundo o autor estes dois impulsos básicos da criação da arte tem origem na embriaguez (dionisíaco) e nas representações oníricas (apolíneo). De um lado o conceito Uno-primordial - o impulso básico e primordial comum a todos o indivíduos, pelo qual se universaliza e imortaliza a arte (dionisíaco); e por outro o princípio-individual - impulso individual que diferencia o indivíduo da universalidade, o ato subjetivo.(apolíneo).
É feito uma analise da importância da arte para o povo grego, que devido a consciência das lástimas da existência tinha necessidade da arte para suportar a vida, onde o espectador via a si mesmo nas representações. Acontecia aí o fenômeno da purificação chamado por Aristóteles de catarse. Segundo Nietzsche “O nascimento da tragédia” se deu de maneira inconsciente, ora fruto da embriaguez, ora dos sonhos, que se imortalizou devido à necessidade da arte que é indelével a todos seres humanos quando conscientes das lástimas da existência, que também de maneira inconsciente se purificavam ao contemplá-las.
A morte da tragédia se deu graças a Sócrates com seu racionalismo. Sócrates percebeu que as pessoas não tinham um conhecimento seguro, sendo ele o único a admitir a si mesmo que nada sabia e por isso o Oráculo de Delfos o denominou o homem mais sábio. Sócrates percebeu também que as pessoas gostavam da tragédia, mas não a entendiam, apenas a sentiam. Sócrates acreditava que através da razão, e somente da razão, se poderia chegar ao conhecimento seguro e que somente aquilo que fosse inteligível seria digno, nobre.
Surgiu na contemporaneidade de Sócrates as comédias áticas de Eurípedes, onde o impulso criador passa a ser consciente e o crítico dessa nova espécie de arte passa a ser o inconsciente, que apesar de tornar as peças inteligíveis, a fez perder o seu caráter purificador, deixou de ocorrer a catarse, criando um vazio enorme entre os espectadores com a morte da tragédia.
Com Sócrates surgiu a ciência, o racionalismo, do qual buscava entender e explicar o mundo e o homem. Com o desenvolvimento da ciência e da filosofia, esse racionalismo radical levou o homem ao niilismo, a negação total e pessimista da vida, num estágio de conhecimento avançado, do qual a própria razão se torna insuficiente para explicar o todo, mas é capaz de negar qualquer verdade, restando apenas o niilismo passivo e negativo.
Para Nietzsche a música, do seu até então amigo, Richard Wagner era uma renovação do espírito da música, uma espécie de música que se imortalizaria assim como Beethoven e Mozart. Para ele a música e o mito trágico era de igual maneira a expressão dionisíaca, que seria capaz de justificar o pior dos mundos e tornar a vida possível, cobrindo a verdadeira essência da vida com um véu de beleza. Segundo ele a verdadeira essência da vida é lastimável e toda projeção futura, não passa de ilusão espraiada na busca dos prazeres ou na atenuação das feridas da existência, da qual só podemos afirmar a vida com as ilusões. Ele defendia a idéia de que se deveria buscar o renascimento da tragédia, de uma arte superior da qual poderíamos suportar vida, e assim religar a ciência e a filosofia à afirmação da vida terrena. Assim se manteria a ciência e a filosofia trilhando o caminho do conhecimento, da verdade, mas sem negar a vida. Concluindo que, para ele, temos a arte para não morrer com a verdade, onde a vida sem a música seria um erro.
Dados bibliográficos:
NIETZSCHE, Friedrich, O Nascimento da Tragédia ou Helenismo e Pessimismo - 1872. Notas, Tradução e Posfácio, Jacó Guinsburg, 1992.1º reimpressão, Editora Schwarcz - Ltda.
Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, 15 de Outubro de 1844 — Weimar, 25 de Agosto de 1900), formado em Filologia pela Universidade de Leipzig, escritor e crítico da filosofia.
(Resenha >> Alan Silva)